11 abril 2007

Idade, Relacionamentos e Filhos...


Cheguei aos trinta anos e estou a gostar imenso desta minha fase… sobretudo porque ainda não tenho a fobia de um número infindável de mulheres, algo a que chamamos relógio biológico!!!
A ideia preconcebida que qualquer mulher a partir dos trinta já se encontrar em idade avançada para ser mãe, felizmente já se encontra cada vez mais em desuso… já não sofremos tantas pressões psicológicas e cada vez é mais normal a mulher aos quarenta ser mãe!
No entanto ainda nos cruzamos tantas vezes com mulheres que elas próprias se envolvem nessa teia e com medos infundados de uma maternidade tardia, abdicam de viver de uma forma saudável para poderem concretizar o objectivo social, a procriação.
Acredito que só anos mais tarde, elas puderam compreender o grande erro que cometeram, ninguém consegue viver eternamente em função de outros, sobretudo quando esses outros iram crescer e se desenvolver como seres individuais, nessa altura o sonho com toda a certeza irá acabar… ficando somente o silêncio e o vazio das noites frias…
Assim estou muito feliz da forma que me sinto, maternidade para mim é um assunto sério que pelo qual tenho o total respeito, mas sinceramente cansa-me imenso que outro assunto não seja abordado a partir do momento que se sabe estar a gerar uma vida…
Todo o universo passa a girar em torno de fraldas, biberões, cadeirinhas e dodots, lamento mas não aguento mais, há que ter respeito…
As mulheres passam das revistas cor-de-rosa e de moda, do cabeleireiro e da manicura, directamente para a revista Pais e Filhos e devoram toda a enciclopédia de doenças e sintomas para ter um conhecimento prévio de qualquer espirro que a criança possa dar! Os pais vivem a pensar que têm que comprar uma câmara digital e uma de filmar para poderem registar todos os seus movimentos, o aparelho electrónico de vigilância sonora para ouvir a primeira palavra e o mais urgente de tudo, inscrever a criancinha no clube de futebol preferido do progenitor!!! Fico horrorizada!!!
Quero muito continuar com ideia de que ser mãe não significa perder o respeito por mim mesma, sobretudo não perder a minha individualidade… porque nunca se deve misturar o que é dar amor, com a necessidade de controlo sobre um filho. Nunca poderei perder o respeito e o amor-próprio se quiser de forma bonita fazer passar esses dons!
No momento que decidir ser mãe, espero nunca me esquecer de regras básicas como, o respeito pela individualidade, o saber esclarecer e não escolher, o acompanhar, compreender, estar presente e sobretudo acreditar que vou conseguir transmitir os valores que tornaram alguém mais feliz, pois a vida é um mundo inesgotável de oportunidades!


by Ipssissimuss

1 comentário:

Anónimo disse...

Ser mãe não implica deixar de ser Mulher (com letra Maiscula para ter todo o significado), mas os dois a três primeiro anos de vida de um bébe são muito exigentes.
Senão houver uma estrutura familiar ou de amizades de apoio, torna-se muito difícil ter tempo livre de qualidade para nós mesmas.
Quanto à vontade de teres um filho, não te preocupes, se tiveres instinto maternal, o relógio biológico encarrega-se de dar o sinal (algures entre os 35 e os 40 anos).
Beijos